Freud, Sigmund

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Sigmund Freud (1856 — 1939) é considerado o criador da psicanálise, autor que mais contribuiu com profundas e originais concepções que ainda na atualidade continuam sendo fonte de inesgotáveis estudos e pesquisas, e o maior divulgador da ciência psicanalítica.

Na entrada do ano 2000, na maioria dos órgãos da mídia internacional, FREUD foi escolhido como a personalidade mais importante do mundo científico do milênio que passou. Seus livros foram traduzidos em cerca de 30 idiomas, tendo sido publicados, no mínimo, 10 biografias sobre a sua vida e obra. Deixou um legado de mais de 300 títulos, sendo 24 livros, 123 artigos e uma correspondência avaliada em 15.000 cartas (até 2001).

Freud nasceu em em Freiberg, hoje Pribor, na República Tcheca, em 6 de maio de 1856 e recebeu o nome de Schlomo Sigismund. Seu pai era comerciante de lã; contava 41 anos e já tinha dois filhos de um primeiro casamento quando casou-se com Amália, então com 21 anos. Dessa união nasceram mais sete filhos, sendo Sigismund (nome posteriormente trocado para Sigmund) o mais velho deles. Sua mãe o chamava Mein goldene Sig (Meu Sig de ouro), por ser seu preferido filho. Ao completar os estudos secundários, Sigmund Freud já sabia latim, grego, hebraico, alemão, francês, inglês e tinha noções de italiano e espanhol. O nome Schlomo (Salomão) foi-lhe dado em homenagem a seu avô paterno, rabino, que falecera dois meses antes de seu nascimento.

Durante mais de 30 anos, Freud participou ativamente do grupo judaico Bnei Brith (instituição secular judaica voltada à defesa dos direitos humanos); casou-se com Martha (também judia), e com ela teve seis filhos. A caçula Ana, foi a única que se tornou psicanalista e a sua mais importante seguidora e sucessora.

Freud concluiu seu curso médico aos 25 anos na Universidade de Viena, tendo feito longo aprendizado em neurologia, dedicando-se a pesquisas. Por razões financeiras, renunciou à carreira de pesquisador e tornou-se clínico.

Posteriormente, ganhou uma bolsa de estudos para acompanhar, em Paris, os trabalhos de mestre Charcot que já pontificava com a aplicação de técnicas hipnóticas. Anos mais tarde, Freud retornou à França, desta vez para Nancy, para aprofundar-se nos estudos de hipnotismo através das demonstrações de Bernheim. De volta a Viena, passou a empregar a técnica de hipnose em sua clínica privada para ampliar o tratamento dos distúrbios neuropsicológicos – até então empregando-se massagens, clinoterapia (repouso no leito), banhos mornos e medicamentos barbitúricos. Porém, Freud deu-se conta de que era um mau hipnotizador e substituiu tal recurso por técnicas que promovessem uma livre associação de idéias, e lhe possibilitasem um acesso às repressões inconscientes das suas pacientes histéricas.

O edifício psicanalítico construído por Freud pode ser desdobrado em cinco áreas:

1. Historiais clínicos;

2. Metapsicologia;

3. Teoria;

4. Técnica;

5. Psicanálise Aplicada.

Cabe salientar que Otto Rank, juntamente com Ferenczi e mais tarde W. Reich foram os líderes em busca de novas técnicas diferentes, até certo ponto divergentes das recomendadas por Freud como essenciais.

Após longos anos de sofrimento por um câncer do maxilar superior, Freud pediu a seu médico assistente que induzisse sua morte, no que foi atendido e veio a falecer em 23 de setembro de 1939, em Londres.

( FONTE: ZIMERMAN, David E. Vocabulário contemporâneo de psicanálise, Porto Alegre: Artmed, 2001, p. 155 e ss.)

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