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Motivações inconscientes atuam na escolha dos nomes dos filhos – ..:: Instituto de Psicologia – Revista psico.USP ::..

Para um adulto, seu nome é capaz de representar mais do que uma identificação. Às vezes, o indivíduo se reconhece de tal maneira em seu nome que este acaba fazendo parte de sua própria personalidade. Carmem Sílvia Carvalhaes de Oliveira, pesquisadora do IPUSP, buscou mostrar em sua dissertação de mestrado que os fatores que influenciam essa representação têm início muito cedo, já na escolha dos nomes dos filhos pelos pais.

NOME BEBE DISSERTAÇÃO

Revista psico.USP

Fonte: Motivações inconscientes atuam na escolha dos nomes dos filhos – ..:: Instituto de Psicologia – Revista psico.USP ::..

Documento
Autor
Nome completo
Carmem Sílvia Carvalhaes de Oliveira
E-mail
Unidade da USP
Área do Conhecimento
Data de Defesa
Imprenta
São Paulo, 2014
Orientador
Banca examinadora
Gomes, Isabel Cristina (Presidente)
Paiva, Maria Lucia de Souza Campos
Priszkulnik, Leia
Título em português
Os nomes plantados nas árvores genealógicas
Palavras-chave em português
Genograma
Gestante
Psicanálise de casal e família
Transmissão psíquica
Resumo em português
Desde o momento da concepção do bebê, seus pais constroem, através dos seus desejos, toda uma rede simbólica para ampará-lo psiquicamente, a mesma rede na qual fazem parte os seus ascendentes. Por meio do nome que seus pais lhe dão, a criança recebe sua inscrição na família e pode nascer subjetivamente. Esta pesquisa se propôs a refletir acerca das motivações inconscientes que permeiam a escolha dos nomes próprios dos filhos primogênitos, pelas mães gestantes, com o intuito de observar a influência do mecanismo de transmissão psíquica nas gerações, especificamente sobre o lugar que esse filho irá ocupar na família atual e na cadeia geracional, além de contribuir com a construção de conhecimento na área da Psicanálise de Casal e Família. Foi utilizada a metodologia clínica-qualitativa para coleta e discussão do conteúdo obtido em entrevistas semi-dirigidas com cinco gestantes, sendo quatro de bebês masculinos e uma, de feminino. Também foi solicitada a realização por parte das gestantes do genograma psicanalítico. Os resultados obtidos demonstraram que nos casos analisados os nomes dados aos filhos associam-se aos legados familiares, ao mecanismo de transmissão psíquica e aos conflitos intergeracionais. O ato de nomear os filhos com o sobrenome é também uma das formas de assumir a parentalidade, bem como de inserir a criança em sua continuidade geracional e social.

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Rorschach, Hermann

Nascido em Zurique de uma família protestante da então Turgóvia, manifestou muito cedo um gosto acentuado pelo desenho.
Muito hábil no jogo da ‘kleksografia’ (jogo das manchas de tinta), difundido entre os alunos de sua escola e conhecido desde que Justinius Kremer publicara em 1857 a obra ‘Kleksographien’, uma série de desenhos obtidos a partir de manchas e poemas inspirados por estas.
Depois de alguma hesitação, Rorschach se orientou para a medicina e estudou psiquiatria com Eugen Bleuler e Carl Jung, na clínica do Hospital Burgolzli. Ali se entusiasmou pelas idéias freudianas, iniciando a técnica da expressão verbal.
Após viajar a Moscou em idos de 1906 e posteriormente para a Rússia, casou-se com sua então noiva Olga.
Como muitos de sua geração pioneira, ele praticou a psicanálise sem ter passado por um divã.
Foi em Herisau, nos últimos anos de vida, que redigiu a obra que o tornou célebre: publicada em 1921, sob o título Psychodiagnostik, Rorschach definia o princípio do teste projetivo, destinado a explorar o mecanismo das representações imaginárias da criança e do adulto, fazendo-os falar por associações verbais a partir de manchas. O livro expressava plenamente o verdadeiro fascínio de Rorschach pelo domínio do sonho, das alucinações, do delírio e da loucura.
 Faleceu aos 37 anos das sequelas de uma crise de apendicite, antes de poder ser operado.
(Adaptação do Dicionário de Psicanálise, Elisabeth Roudinesco e Michel Plon, Rio de Janeiro, Zahar Editor, 1998. p. 71-673).